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Criptografia assimétrica: saiba o que é, como funciona e vantagens.

homem olha tela com códigos
Imagem de nuvem representando os bancos de dados digitais.

O mundo corporativo é muito competitivo e, por isso, pode se tornar um lugar perigoso. Hackers, concorrentes e curiosos podem tentar acessar os dados coletados pela sua empresa e usá-los contra você. 

Atualmente, ferramentas de TI tornaram-se as melhores amigas das empresas e escritórios, pois além de garantir a segurança das informações confidenciais, também agiliza e organiza os processos no escritório.

Neste contexto, as empresas começaram a se preocupar mais com criptografia. Os crimes cibernéticos trazem prejuízos enormes tanto para o negócio como para os clientes que têm seus dados acessados e podem ser vítimas de golpes.

Criptografar os dados garante que você e seus clientes estejam sempre respaldados caso aconteça algum tipo de ataque. 

A criptografia assimétrica é uma das duas formas de se criptografar informações. Devido ao seu formato com uma chave privada e uma chave pública, você consegue compartilhar informações e ainda manter o controle sobre o dado. 

Ainda existe muita dúvida sobre a diferença entre a criptografia assimétrica e a criptografia simétrica. Como funciona? Qual a melhor opção para a minha empresa? 

Neste artigo, vamos te explicar todos os detalhes sobre o funcionamento da criptografia assimétrica e te orientar sobre como implementá-la na rotina de trabalho da empresa. Bora?

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Primeiro, saiba o que é Criptografia

A criptografia é a conversão de dados de um formato legível para um formato codificado. Criptografar os dados é uma maneira de assegurar que ninguém terá acesso às informações sem a devida permissão.

A criptografia é utilizada tanto por empresas quanto por usuários individuais e é a forma mais simples de proteger seus dados caso você seja hackeado ou roubado.

É comum que algumas plataformas ofereçam o sistema de criptografia automaticamente, sem necessidade do usuário instalá-lo, como é o caso de aplicativos de conversa como o Whatsapp.

Normalmente, a criptografia é feita por softwares que trabalham com códigos aleatórios, o que torna quase impossível um ser humano decifrá-los sozinho.

Além da possibilidade de roubo direto, quando compartilhamos informações pela web, elas passam por diversos servidores, o que pode facilitar o acesso de terceiros.

Para saber mais sobre o que é criptografia, confira o texto Criptografia de ponta a ponta: o que é, tipos e nível de segurança

Criptografia assimétrica

A criptografia assimétrica é um modelo de criptografia que mudou os rumos do campo da codificação. Criada em 1976 por Diffie e Hellman, o formato inovou pela opção de codificação com duas chaves diferentes: uma pública e outra privada.

Mas o que isso quer dizer? Como assim chaves? Calma que vamos explicar tudo. 

O que é?

A característica principal da criptografia assimétrica é a presença de duas chaves para o funcionamento, como dissemos anteriormente. 

A chave da criptografia é a porta de entrada para os códigos, ela “fecha” as informações transformando-as em códigos e depois as “abre” transformando-as de novo em símbolos compreensíveis.

O fato de a criptografia assimétrica ter duas chaves significa que o código para acionar a criptografia (chave de cifração) e o código para tornar o conteúdo legível (código de decifração) são dois códigos independentes.

Na nomenclatura, a chave para decifrar se chama chave privada e a chave para cifrar é a chave pública. Já na criptografia simétrica, a chave de cifração e a chave de decifração são a mesma.

Como funciona?

A fotografia de uma mão desbloqueando um celular
Imagem: Freepik

Na prática, o funcionamento da criptografia é feito por meio de uma lógica simples. O esquema é mais ou menos assim:

  • A chave pública (k1) é usada pelo remetente para codificar as informações;
  • O destinatário recebe as informações codificadas;
  • O destinatário usa sua chave privada (k2), que o remetente não tem acesso, para decifrar as mensagens e ler o conteúdo

Dessa forma, tanto o remetente quanto o destinatário têm acesso às informações, mas não precisam compartilhar senhas entre si.

Também é possível configurar a criptografia para que a chave privada (k2) também possa cifrar mensagens e a chave pública (k1) respectiva possa decifrá-las.

Este caso é mais comum em situações nas quais o objetivo é apenas manter a integridade do documento, como é o caso de assinaturas digitais.

Funções

Normalmente, a criptografia assimétrica é utilizada em casos em que há uma necessidade maior de sigilo na troca de dados. 

Como a chave privada é restrita a um número pequeno de pessoas, as chances de comprometimento por que a chave foi compartilhada são menores.

Esse tipo de criptografia é usado bastante no compartilhamento de certificados digitais, assinaturas digitais, entre outros documentos que tem um conteúdo sensível de ser compartilhado.

Importância 

O formato de criptografia assimétrica é importante para situações nas quais o objetivo é receber informações confidenciais e não enviá-las. 

Por exemplo, se você é uma empresa que trabalha com clientes de alto risco, é essencial que eles tenham garantia de que o que for compartilhado não será acessado. 

Porém, eles precisam de uma maneira de entrar em contato com você e é aí que entra a chave pública.

A chave pública tem apenas a função de cifrar os dados, ou seja, não tem problema se a chave pública for compartilhada na internet. 

Você pode deixar sua chave pública até na landing page do seu site e não terá problemas, visto que para ler o que for enviado por meio dela você precisa da chave privada.

Essa é uma alternativa legal para quem prefere ter apenas um par de chaves universal, ao invés de ter uma chave para cada codificação em prol de mantê-la em sigilo.

Ao optar pela criptografia simétrica que funcione à base de uma chave única, ou você precisa compartilhar a mesma chave com vários clientes (o que não é recomendado) ou você precisa de uma chave para cada cliente, o que não é muito conveniente.

Criptografia assimétrica: Como é usada?

Atualmente, o algoritmo de criptografia assimétrica mais conhecido é o RSA, nomeado pelos seus desenvolvedores Rivest, Shamir e Adleman. Amplamente testado, o algoritmo se provou quase fail proof.

Existem alguns outros algoritmos de criptografia assimétrica menos populares, como o ElGamal e o de Curvas Elípticas, mas eles são construídos através de logaritmos e curvas elípticas, diferentemente do RSA que trabalha com a teoria dos números.

RSA

Computação gráfica representando dados em networking no mundo
Imagem: Freepik

O algoritmo do RSA cria uma criptografia segura por meio da multiplicação de números bem grandes. O objetivo é ter chaves grandes mesmo, visto que quanto maior a chave, mais difícil dela ser decifrada.

O sistema cria as chaves multiplicando números primos. O resultado da multiplicação depois será elevado a um expoente que é um número público e depois novamente a um expoente que é o número privado.

Por meio dessa operação, a chave pública e a chave privada são criadas. Para decifrar os códigos, o número será fatorado pela chave privada, fazendo o caminho inverso da multiplicação.

O RSA se baseia na teoria dos números e trabalha sob a dificuldade de fatorar números em seus componentes primos (divisíveis apenas por ele mesmo ou 1).

Na virada do século, em 1999, o Instituto Nacional de Pesquisa da Holanda fez um teste do RSA com a ajuda de cientistas de 6 países diferentes. Para conseguir quebrar uma chave foram precisos 300 computadores e mais de 7 meses de trabalho.

É segurança que você quer? É segurança que você vai ter.

Criptografia Simétrica x Criptografia Assimétrica

A diferença principal entre a criptografia simétrica e a criptografia assimétrica é o número de chaves. 

Na criptografia simétrica, existe apenas uma chave para cifrar as mensagens e para decifrá-las, ou seja, existe simetria entre as chaves.

Neste formato, a chave deve ser mantida sempre em sigilo, visto que o compartilhamento inapropriado pode resultar no comprometimento da informação.

Porém, caso isso chegue a acontecer, é possível solicitar uma chave nova e manter o mesmo algoritmo. O nível de segurança da criptografia vai depender do tamanho da chave, como explicamos acima, quanto maior mais difícil de decifrar. 

Pela existência de uma só chave, o risco de comprometimento dos dados está mais relacionado à falha humana. Dificilmente o hacker conseguirá quebrar a chave, mas é possível que alguém a compartilhe indevidamente à alguém não autorizado.

Uma vantagem da simétrica é sua leveza para funcionar. Como as chaves da criptografia assimétrica são muito grandes e são duas, é preciso um computador melhor e um hardware mais caro para processar as senhas.

Vantagens e desvantagens da Criptografia Assimétrica

Para fazer um compilado de tudo que falamos no texto, podemos pensar mais diretamente quais são as vantagens e desvantagens da criptografia assimétrica.

O modelo assimétrico possui a vantegem de que você não é obrigado a compartilhar suas senhas privadas com outra pessoa, para que ela tenha acesso às suas informações. Tal processo diminui o risco de invasões ou vazamento das chaves.  

A desvantagem da criptografia assimétrica está no custo e no tempo. Por trabalhar com chaves muito grandes, o processamento das chaves para codificar e decifrar as informações pode demorar muito.

Além disso, como citamos acima, para processar algo desta magnitude são precisos materiais de alta qualidade e performance, o que coloca o preço dos equipamentos lá no alto.

Em alguns casos, para processar a codificação de todos os documentos em trânsito, a empresa precisa arcar com os custos de múltiplos computadores, além de profissionais qualificados. 

Criptografia Assimétrica e Certificado Digital

A criptografia é uma ferramenta extraordinária para tornar processos de troca de dados mais rápidos e seguros. Por meio dela, você pode trabalhar com a codificação de mensagens, verificação de identidades e otimização de assinaturas digitais.

Unindo os três você pode criar mecanismos comerciais, como é o caso dos certificados digitais.

Os certificados digitais garantem a autenticidade da identidade das pessoas em ambientes virtuais. São eles que identificam tentativas de alteração de chaves públicas por terceiros e, através disso, proporcionam uma comunicação mais segura.

O certificado digital é autenticado por uma autoridade de certificação (CA) que funciona como um cartório online. Ela faz a mesma verificação de um cartório, mas por meio da identidade digital da pessoa com dados como a chave pública, nome e endereço.

Certificados digitais

Os certificados digitais são usados em atividades como a declaração de Imposto de Renda. Ele garante que ao informar seus rendimentos ao governo para a taxação, suas informações não serão acessadas por alguém no meio do caminho.

Esses CAs também informam uma lista de chaves públicas que foram comprometidas ou saíram de circulação, chamada de lista de certificados revogados (LCR).

Assim você pode checar antecipadamente se a chave que você está utilizando ainda é segura e cobrir seus dados com mais uma camada de segurança.

A utilização dos certificados digitais é algo mais que necessário para todos os tipos de empresas. Pormeio dele você garante a segurança das suas informações, assim como as informações de seus clientes, melhorando a experiência de consumo.

Se já trabalha com certificados digitais, e ainda não trabalha com certificados digitais na sua empresa, mas tem problemas com sua gestão e compartilhamento com funcionários, conheça o WHOM?, nosso software de gestão de acesso e monitoramento de atividades no uso de certificados digitais.

Escritórios de advocacia como o Urbano Vitalino e grandes empresas como a Ambev já trabalham com o nosso software no gerenciamento dos certificados digitais deles. Não fique de fora!

Conclusão

Dessa forma, a criptografia pode parecer um tema complicado e longe da realidade de quem não mexe com TI, ainda mais quando passamos para detalhes operacionais, como a diferença entre criptografia simétrica e assimétrica.

Contudo, a cada descoberta nova no mundo da tecnologia, se proteger fica mais importante e o assunto não pode ser esquecido pelas empresas. 

Com isso, o avanço tecnológico traz coisas boas, mas também aumenta as ferramentas nas mãos de quem quer atacar ou ganhar em cima do vazamento de dados confidenciais.

A criptografia assimétrica contribui para a proteção das informações da empresa, tanto contra ameaças virtuais quanto ameaças físicas. 

Com um sistema de criptografia com duas chaves distintas, você evita que a porta de entrada para seus dados mais confidenciais seja aberta para um desconhecido de forma proposital ou acidental.

A chave pública é compartilhada com o mundo, criando um canal de comunicação com o seu escritório, porém, a chave privada que dá acesso ao seu conteúdo secreto, fica restrita apenas a quem realmente precisa saber sobre ela.

Para garantir que você e sua empresa estejam sempre atualizados sobre os avanços tecnológicos e os trâmites por trás do trabalho digital, não deixe de checar os outros conteúdos aqui do blog da Whom.

Por aqui você encontra artigos completos sobre criptografia, proteção de dados e dicas para evitar fraudes e golpes.  

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